Arte e Química: Uma mistura de conhecimentos. 150 anos da Tabela Periódica.
O projeto ARTE E QUÍMICA: UMA MISTURA DE
CONHECIMENTOS foi desenvolvido pelos 150 alunos do 9º ano (turnos matutino e
vespertino) da EEEF Domingos Perim, em Venda Nova do Imigrante - ES. Neste
projeto, que mesclou os conhecimentos teóricos e científicos da tabela
periódica com a produção manual e artística, os estudantes lançaram mão da
criatividade na construção coletiva de Tabela Periódica, em comemoração aos 150
anos de sua criação, o que foi um momento crucial da ciência.
A proposta de construção coletiva da tabela periódica tem
como objetivo instigar os estudantes e o público geral a conhecerem sobre seus
elementos, aguçando a busca pelo conhecimento científico. Desse modo, ela foi
montada com a intenção de despertar a curiosidade dos estudantes e envolver
quem a vê a partir do apelo visual das cores e das dimensões (4,80 m x 2,10 m).
Desenvolvida como proposta interdisciplinar; em ciências
os alunos tiveram contato com a história, conhecimentos de química e teoria dos
elementos e em arte o contato com conceitos da linguagem visual e a construção
artesanal da Tabela que, simultaneamente, serviu de suporte artístico.
A arte é uma linguagem feita com
diversas materialidades, espaço, lugares e suportes. Nesse sentido, a Tabela
foi construída de forma artesanal usando materiais diversos, como papelão,
cartolina, EVA, fita isolante, crepe, dupla face, colagens, pinturas, fotografias,
coleção de elementos e objetos, mantendo a estrutura atualizada da tabela, a
forma e a organização dos elementos em colunas e linhas de acordo com as
propriedades químicas e físicas. A produção da estrutura, montagem e acabamento
da tabela periódica, teve um direcionamento estético, funcional e a valorização
do processo criativo realizado pelos estudantes. Sob esse aspecto,
desenvolveu-se um trabalho que observa uma das características mais marcantes
da Arte a partir da segunda metade do século XX: a interatividade com a obra.
A Arte são ambientes, objetos e ideias
preparados para o público, que além de verem a obra realizada pela artista,
também participam dela, caminhando no espaço, apreciando, tocando, tendo uma
experiência estética e dependendo da proposta do artista, completar a obra com
sua interação. Em algumas propostas artísticas conceituais, a obra só existe com a participação do público. Estas
ideias direcionaram o projeto, trabalhando conceitos específicos de arte como interatividade e tridimensionalidade. Por fim, a tabela periódica se tornou uma Arte instalação, termo novo no mundo da
arte, uma das modalidades contemporâneas da produção artística tridimensional, ambiente
construído com vários elementos, no caso a organização intencional dos cubos de
papelão.
Através da construção da Tabela
Periódica, os estudantes podem interagir e manipular diversos materiais. Objetos,
fotografias, desenhos, códigos qr
code com acesso a vídeos, curiosidades e informações sobre os elementos foram
colocados no interior dos cubos de modo que o espectador possa utilizar todos
os sentidos. Assim, como as pessoas diante de uma obra de arte contemporânea,
as pessoas diante da tabela periódica não podem ser passivas, precisam
interagir e “ativar”, participando da
sua criação, tendo contato com o mundo da ciência explorando todos os elementos
presentes na Tabela Periódica.
Texto: Romelho
Contreiro (Arte)
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