Entre Riscos, Rabiscos, Desenhos e Poéticas. Ser Professor e Artista em Tempo Isolamento Social.

Quando criança realizava desenhos no chão, na parede de casa e até no ar, chegando na adolescência comecei a explorar o desenho, como coisa de papel e lápis. Abandonei a produção de desenho na juventude, tanto ouvir que isso não ia levar a nada, porém a partir do momento que me tornei professor de arte, acabei me encantando e recomecei a praticar esta arte.

Há uma certa magia no desenho. Para entendermos o seu poder e ao mesmo tempo a sua simplicidade é preciso vivencia-lo e experimenta-lo diariamente. É preciso acreditar na sua poesia e em nós mesmos, para as coisas acontecerem de forma inusitada, e assim surgirem linhas que falam, ideias criativas e cores sedutoras.

Quanto mais praticamos, melhores serão os resultados e mais rápido encontraremos nossa poética, este é um dos segredos da arte do desenho. Desenhar é uma luta diária, nos proporciona leveza, outras vezes dor. É preciso lidar com as próprias emoções e encara a arte do desenho como uma meditação e um caminho de autoconhecimento.

O desenho é uma ferramenta de criação livre de fácil de execução e materialidade acessível; nesta arte, nada é proibido e errar é lucro.  Desenho é conhecimento e domínio de técnica, necessita de leitura, muitas horas de prática, pesquisas e apreciação de obras de desenhistas.

Nesta aventura é preciso aprender a conviver com os próprios erros e descobri o caminho da nossa subjetividade, isso dará vida e encanto as nossas criações. As vezes os desenhos que realizamos nos incomodam, nestes momentos é preciso compreensão para livrar-se do medo que bloqueia nossa iniciativa de explorar nossos gestos e arriscar em nossas criações. Estes momentos de tensão são ótimas oportunidades de aprendizagem.

A experiência com esta linguagem visual, realiza algo mágico e importante para nossas vidas, proporciona paciência, disciplina, esforço entusiástico, concentração, generosidade e sabedoria. Imagine estes valores sendo desenvolvidos em sala de aula e no seio da sociedade.

Nunca se sabe tudo sobre desenho, esta arte é um campo vasto de pesquisas e de produções. Como um apaixonado pelo desenho, pretendo expandi e dominar esta linguagem gráfica, técnica e gestual, conceituar e ter afinidade com a inclinação poética. Juntamente a isso, encontrar metodologias ativas e sedutoras para ensinar aos estudantes, para se encantarem pelo desenho, experimentações artísticas e manifestações culturais.

Romelho Contreiro











































































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